A história de tudo que o UFC alcançou no Brasil, começa a ter reconhecimento, o esporte ganha força a cada temporada. De acordo com Forrest Griffin “sabia que as coisas haviam mudado quando um grupo veio falar comigo enquanto passeava no Rio de Janeiro”.
Os brasileiros ajudaram a dar vida às artes marciais mistas no início dos anos 90 e continuam sendo alguns dos melhores lutadores do esporte.
“Nos Estados Unidos, sabemos que este é o coração do UFC”, disse Griffin. “Sabemos que é daqui, que aqui tem futebol e depois vale MMA.”
O UFC alcançou no Brasil muito espaço na mídia, mas ainda não é tão popular quanto nos Estados Unidos e no Canadá, mas está aos poucos ganhando reconhecimento.
A interligação entre os esportes
O esporte vem recebendo atenção em todo o país de 190 milhões de pessoas, e até o ex-jogador do futebol brasileiro Ronaldo está envolvido no esporte.
Não havia esse tipo de hype no Brasil por causa de uma luta desde que Acelino (Popo) Freitas estava em ação. O popular boxeador ganhou dois títulos leves e dois superplumas antes de se aposentar em 2006 com um cartel de 38-1.
“Sem dúvida é um dos esportes que mais cresce aqui”, disse Erich Beting, professor de marketing esportivo e especialista em negócios esportivos no Brasil. “Isso fica claro quando você analisa as audiências, os números do pay-per-view e a popularidade dos lutadores.
“O brasileiro quer mais do que futebol, e quando o UFC chegou com um bom produto não foi surpresa que ganhou tanto espaço”, disse Beting. “É sempre um grande espetáculo, e isso o torna um sucesso.”
Ao longo dos anos houve uma ampla cobertura da mídia, com os principais sites e jornais do Brasil dedicando espaço ao esporte.
O UFC e a TV brasileira
O canal SporTV, que tem o mesmo dono do Canal Combate, mas é conhecido principalmente por sua extensa cobertura de futebol. Vem exibindo inúmeros anúncios para a luta do UFC, pedindo aos torcedores de futebol para sintonizar.
O crescimento dos números da TV no Brasil vem após o memorável nocaute de Silva sobre Vitor Belfort.
O chute espetacular de Silva na mandíbula de Belfort foi amplamente repetido em todo o país, inclusive em programas geralmente dedicados apenas ao futebol.
Ajudou o fato de que, após a luta, Silva vestiu rapidamente uma camisa do Corinthians. Ostentava uma das marcas que o patrocinavam por meio de seu contrato com a empresa de Ronaldo. O Corinthians, é o segundo clube mais popular do Brasil, atrás apenas do Flamengo.
O UFC passou a oferecer produtos licenciados no Brasil. Com uma forte estratégia de marketing, os produtos da UFC voltados para o público jovem. Os itens já superaram aqueles com temas relacionados ao futebol em alguns locais.
Momentos memoráveis, em ordem cronológica.
UFC no Brasil – Astro Anderson Silva vs. Yushin Okami (UFC 134)
O UFC 134 foi o primeiro evento no Brasil desde 1998 e veio em um momento incrível. Quando algumas das maiores estrelas e lendas do país puderam competir em casa no maior palco do esporte. Enquanto um jovens talentos brilham ao lado de seus ídolos. A noite foi coroada pelo que viria a ser a penúltima defesa de título dos médios de Silva.
Okami abriu caminho para a oportunidade do campeonato acumulando um recorde de 10-2 dentro do octógono. Incluindo vitórias consecutivas sobre Mark Munoz e Nate Marquardt antes de enfrentar Silva. Mas “The Spider” estava no meio de sua incomparável sequência de sucesso e o desafiante japonês não teve chance.
Silva dominou, impulsionado pela multidão barulhenta, exibindo as habilidades mágicas que o tornaram um dos maiores competidores de todos os tempos. Ele cruzou e ficou espetacular fazendo isso, e o retorno do UFC ao Brasil terminou em alta.
Edson Barboza vs. Terry Etim (UFC 142)
A forma como essa luta termina parece ter sido escrita para um filme de MMA. Barboza escalado como o herói azarão e Etim o vilão. Esse não era realmente o caso, é claro, mas é assim se você realmente pensar sobre isso.
Nas duas primeiras rodadas, Barboza e Etim correram bastante empatados, nenhum dos dois obtendo uma vantagem real em sua luta de kickboxing. Etim era a figura um pouco maior e mais imponente, enquanto Barboza jovem talento que precisava de um momento de assinatura, ele conseguiu.
Depois de quase três minutos, Barboza atacou com o que se tornaria sua assinatura. Mão direita para cima e um chute cortante no quadrilátero – antes de dar um passo para trás em direção ao centro de o octógono. Etim deu um passo à frente, Barboza girou e seu pé bateu na lateral da cabeça do homem do Liverpool.
Era o tipo de sequência final que Hollywood escreveria para seu conto de David contra Golias ambientado no mundo do MMA. Só que era real, e incrível, e continua assim todos esses anos depois.
Jose Aldo vs. Chad Mendes I (UFC 142)
Assim como Silva fechou o retorno do UFC ao Brasil de forma impressionante. Aldo aproveitou sua primeira oportunidade de competir em casa como campeão peso-pena do UFC para entregar um dos momentos mais icônicos de sua lendária carreira.
Sempre se esperava que Mendes fosse o primeiro grande rival de Aldo – eles correram paralelamente durante os dias do WEC. Com Aldo chegando ao título à frente do produto Team Alpha Male. Permaneceram como os dois melhores lutadores da divisão quando passaram para o UFC.
Eles finalmente se encontraram no Rio e Aldo mostrou porque estava sentado no trono da cidade. Nos momentos finais, Aldo quebrou o aperto de Mendes. Girando sua cintura e com uma joelhada que encerrou o confronto do campeonato com apenas um segundo restante no relógio.
Assim que acertou o golpe, Aldo saiu correndo do octógono para a torcida, desesperado para comemorar a vitória com a torcida. Toda galera o apoiou durante sua trajetória, e fez questão de assistir ao seu primeiro UFC oportunidade de evento principal pay-per-view.
Ele já havia disparado para o público antes, mas isso era diferente. Era uma cena de multidão composta por brasileiros exultantes erguendo seu último herói no ar, e era mágico.
Demian Maia x Rick Story (UFC 153)
Maia tinha apenas uma luta para chegar aos meio-médios e vinha de uma vitória sobre Dong Hyun Kim. Story havia se estabelecido como um dos 15 maiores talentos e estava tentando construir uma pequena seqüência depois de voltar à coluna de vitórias. Mas ele cometeu o erro de se envolver com Maia na tela, e o que se seguiu foi um momento diferente para cada um.
Com Maia nas costas de Story encostado na cerca, o brasileiro foi em busca de um mata-leão. Primeiro apertando o queixo do americano e começando a apertar, que foi quando os filetes de sangue começaram a sair do nariz de Story.
Maia acabou fechando o estrangulamento e segurou o tapinha, mas foi o momento anterior que mais chamou a atenção.
Jose Aldo vs. Chad Mendes II (UFC 179)
Pouco mais de dois anos e meio após o confronto inicial pelo campeonato, Aldo e Mendes voltaram.
Originalmente agendado para acontecer em Los Angeles, uma lesão do campeão atrasou a luta alguns meses, resultando no retorno da dupla ao Rio, e desta vez, eles se uniram para um clássico absoluto.
Eles foram os dois melhores pesos-pena do planeta, com Aldo sendo o único homem a vencer Mendes, e Mendes sendo a única pessoa a realmente empurrar Aldo para dentro do octógono.
Embora o resultado final diga “decisão unânime” e as pontuações tenham sido de 49 a 46 em geral, essa luta foi mais disputada do que ambas as coisas implicam. Mendes trouxe o melhor absoluto de Aldo nesta noite e mostrou que estava apenas meio passo atrás do campeão naquele momento.
Essa luta foi cada um deles em seu ápice e continua sendo uma reavaliação de alta qualidade.
Ronda Rousey vs. Bethe Correia (UFC 190)
Essa luta é um marco na carreira de Rousey, o que a tornou obrigatória nesta lista.
Uma força dominante no octógono e um grande negócio no mundo do MMA por anos antes dessa luta, foi na preparação para essa luta que ela realmente começou a se tornar popular. Este foi o auge de Rousey, logo depois que ela ganhou o prêmio de Melhor Lutadora no ESPY Awards, e as pessoas que não eram do MMA estavam começando a ficar presas na atração magnética do campeão peso-galo do UFC.
Correia jogou suas cartas perfeitamente para criar esta oportunidade, inclinando-se para derrotar duas das amigas mais próximas de Rousey, Jessamyn Duke e Shayna Baszler, em partidas consecutivas para empurrar seu recorde para 9-0. Ela pressionou pela chance de desafiar a campeã e Rousey cedeu, aventurando-se no Rio de Janeiro para as festividades.
Como ela havia feito com quase todos antes dela, Rousey despachou Correia rapidamente e com facilidade, conquistando a vitória em apenas 34 segundos para passar para 12-0 para sua carreira.
Esta foi uma estrela específica do esporte se tornando uma superestrela global.
Stipe Miocic vs. Fabricio Werdum (UFC 198)
Stipe Miocic comemora após derrotar Fabricio Werdum do Brasil por nocaute em sua luta pelo título dos pesos pesados durante o evento UFC 198, o UFC no Brasil foi no estádio Arena da Baixada em 14 de maio de 2016 em Curitiba, Paraná, Brasil.
Na primavera de 2016, o UFC trouxe um show de estádio pay-per-view para Curitiba, mais uma vez apresentando muitas das principais estrelas brasileiras da promoção na época.
Indo para a luta principal do campeonato dos pesos pesados, apenas um não brasileiro (Bryan Barberena) havia registrado uma vitória, com as estrelas nacionais Shogun Rua, Cris Cyborg e Jacaré Souza. Conquistando vitórias após a vitória por decisão unânime de Barberena sobre Warlley Alves.
Uma defesa de título bem-sucedida por Werdum teria sido o ponto culminante perfeito para uma grande noite para os lutadores brasileiros, mas Miocic obviamente tinha outras ideias.
Pouco depois da metade do round inicial, Werdum tentou avançar e aterrissar contra um Miocic em retirada, ele se deparou com uma direita limpa que encerrou seu reinado no campeonato. Sabendo que Werdum estava avançando, Miocic recuou no espaço, mas depois plantou o pé direito na lona e disparou uma mão direita que acertou e encerrou a luta.
“Eu sou o campeão mundial! Eu sou o campeão mundial!” Miocic exclamou repetidamente enquanto era assediado por sua equipe fora do octógono.
Jack Hermansson vs. Thales Leites (UFC 212)
Esta é uma daquelas lutas que, quando você lembra as pessoas, elas tendem a dizer “Oh, sim!” Porque é um dos esforços mais corajosos da memória recente, ocorreu no início da noite em um pay-per-view que não ressoou como um todo.
Hermansson sofreu uma lesão feia na costela em uma queda de Leites no início da luta. Segundos no segundo round, Leites tenta uma queda e Hermansson estremece visivelmente. Leites trabalhou a montada e enganchou um triângulo de braço, ao qual Hermansson conseguiu sobreviver, e já na terceira, o veterano escandinavo mostrou a dureza que tem.
Apesar de estar em clara e óbvia agonia, Hermansson levou a luta para o desfalecido brasileiro no terceiro. Ele atacou com sua assinatura guilhotina no início da estrofe final, antes de se livrar de um estrangulamento anaconda de Leites momentos depois. “The Joker” trabalhou na primeira posição, subiu em full mount e atirou no ground and pound, ganhando a incrível vitória de virada.
Ele voltou para o corner chorando de dor, explicando após a luta que quebrou a costela no primeiro round e nunca sentiu tanta dor na vida. Apenas um testemunho absolutamente incrível da vontade e motivação de Hermansson, e uma vitória de retorno incrível.
Max Holloway x José Aldo I (UFC 212)
Quando Max Holloway conquistou o título interino dos penas no UFC 206, ele sabia que um confronto com o antigo governante da categoria, José Aldo, seria o próximo. Chegou seis meses depois no Rio de Janeiro, e o havaiano abordou-o perfeitamente, enquadrando-o como um conquistador que procura provar seu domínio invadindo o território de outro rei para reivindicá-lo como seu.
E foi exatamente isso que ele fez.
A luta estava perto de começar, mas quanto mais demorava, mais Holloway se afastava, acabando por finalizar no terceiro round.
Foi como se ele tivesse aproveitado o primeiro round para descobrir que não só pertencia ao octógono com a lenda brasileira, mas também era um talento superior. Na segunda, testou a hipótese, e quando ela se confirmou, saiu na terceira e botou em cima de Aldo, finalizando-o sob uma saraivada de golpes sem resposta.
Foi uma troca de guarda forçada e o momento em que a posição de Holloway como o melhor peso pena do mundo foi cimentada.
Jessica Andrade vs. Rose Namajunas (UFC 237)
Mais de três anos após o fato, este ainda parece um daqueles momentos que não consigo acreditar que aconteceram na vida real; continua sendo uma maneira improvável de um campeonato mudar de mãos.
Namajunas controlou o round inicial com seu jab e trabalho de pés, acertando Andrade enquanto mantinha o adversário brasileiro do lado de fora.
No início do segundo, Andrade trabalhou para entrar e tentou elevar Namajunas para um slam, mas ela foi forçada a pular quando a campeã se prendeu a uma armadilha de kimura. A luta continuou acirrada e a sequência se repetiu, Namajunas novamente defendendo. Desta vez, o desafiante a ergueu no ar e a colocou de cabeça para baixo, levando a luta a uma parada estrondosa e estrondosa.
Seu reinado não duraria muito, mas o triunfo no campeonato continua sendo um dos momentos mais memoráveis quando o octógono era no Brasil.
Concluindo sobre a popularidade que UFC alcançou no Brasil
A ascensão meteórica da popularidade do UFC alcançou no Brasil é um fenômeno multifacetado que transcende o mundo esportivo. A fusão única de adrenalina, técnica e paixão demonstrada pelos atletas conquistou o coração dos brasileiros, transformando o UFC em mais do que apenas um espetáculo esportivo, mas sim em um elemento cultural profundamente enraizado na sociedade.
A receptividade calorosa da audiência brasileira, aliada ao carisma dos lutadores nacionais, contribuiu para uma simbiose que impulsionou o esporte a novos patamares de popularidade. Ao romper barreiras e criar ícones, o UFC no Brasil se estabeleceu como uma poderosa plataforma de entretenimento, deixando um legado duradouro que transcende as fronteiras do octógono e se torna parte integrante do tecido social do país.