Olimpíadas – Os 16 anos da conquista do ouro pela Seleção de Vôlei Feminino em Pequim

O Brasil chegou muito perto de conquistar uma medalha olímpica em 2004 no México, com a nossa seleção de vôlei feminino representada por Fernanda Venturini, Mari e Walewska. Porém, não conseguiu passar pela Rússia que foi para final, e Cuba ficou com o bronze ao vencer a nossa seleção.

A tristeza causada pela derrota de 2004, que fez com que o Brasil sequer subisse ao pódio, foi recompensada em 2008, com a conquista do ouro olímpico pela Seleção de vôlei feminino.

Para relembrar essa tão significativa conquista, trouxemos a transcrição do depoimento de 10 anos após a conquista do ouro de 2008 de grandes ícones para o vôlei feminino.

José Roberto Guimarães  – Técnico da seleção de vôlei feminino de 2008   

“Acho que nada teria acontecido em 2008 não tivesse acontecido em 2004. Isso foi o que durante quatro anos é uma velada na nossa cabeça o que mais incomodava todo esse grupo. Mas, ao mesmo tempo, foi o maior incentivo que nós tivemos, porque com essa descrença, com essa desconfiança é que a gente cada vez se tornava mais forte!”

“O que a gente queria mostrar que nós éramos um time de caráter, um time que tinha personalidade e um time que poderia conquistar uma grande competição. Naquele ano de 2008 foi o ano que tudo se encaixou um time estava vivendo o seu melhor momento físico, melhor momento como equipe, melhor astral, melhor entrosamento dentro da quadra. Então, é o momento onde tudo era pra dar certo, parece que pensamos naquele momento: É AGORA!!!

Zé Roberto ainda comenta sobre a capitã Fofão “Foi tudo! Foi sábia, foi ponderada, foi tranquila, ela foi cogitada, mas naquele momento ela estava em estado de graça e conseguiu liderar com muita sabedoria aquele grupo em 2008”.

“Lógico que eu gostaria de ter ganho mais, de ter podido dar de presente mais pro meu país, mais títulos! Mas eu acho que a minha responsabilidade é grande e como quando eu represento a minha família, o meu povo, a minha bandeira, e levo isso de uma forma muito intensa, e isso é que me leva a continuar, isso que me leva a ‘brigar’, a tentar me superar!

Adiante, Zé Roberto afirma e deixa como legado: “E não me dá por vencido, nunca é perder ou ganhar, faz parte do jogo. Mas o fato de representar o meu país é a coisa mais importante que eu tenho na vida, é bom, eu tenho que levar isso da melhor forma, representando 200 milhões de pessoas… tem coisa mais importante do que isso?”

Fofão – Capitã e levantadora da seleção de vôlei feminino de 2008

Em resumo, Hélia Rogério de Souza Pinto – a Fofão – a levantadora, emocionada, relatou que a seleção carregou um peso! Então, sempre que estavam em um campeonato, havia uma grande cobrança, tanto pela vitória, quanto pela superação do ocorrido nas olimpíadas de 2004.

A líder de equipe nos traz uma mensagem muito importante quando afirmou, em resumo, que devemos sempre aprender com as derrotas, e que, certamente, 2004 foi uma das vitórias mais sofridas pela equipe. Porém, para os presentes no meio, aquilo serviu de grande aprendizado, inclusive, para as jogadoras, foi o que fez com que elas fossem para 2008 com uma mentalidade completamente diferente.  

 “Isso foi muito difícil, mas ao mesmo tempo a gente sabia que, se a gente conseguisse vencer uma coisa importante, no nosso caso seriam as olimpíadas, onde conseguiria apagar essa história [sic.]”.

“O grupo sentia confiança, mas, ao mesmo tempo, bate aquela insegurança, porque as pessoas ainda não acreditavam na gente, e quando a gente chegou na olimpíada, eu acho que uma das coisas que foi um ponto forte desse grupo, foi que a gente ficava o tempo todo junto […] com qualidade de jogo só que você sempre tem aquele receio na hora que a gente vai conseguir manter o mesmo ritmo [sic.]”.

“Aí que passou o primeiro jogo acho que depois que a gente conseguiu ver que a gente estava naquele mesmo nível acho que foi uma tranquilidade. A gente se dedicou muito, eu acho que o vôlei feminino é muito batalhador! [sic.]”.

“Foi uma responsabilidade muito grande saber da minha importância para aquele grupo, e saber que tudo que elas faziam […] era uma mistura: é de responsabilidade com a alegria de saber que as pessoas estão se esforçando pra te dar uma coisa boa pra fazer, uma coisa pra uma outra jogadora. Então eu falei que seria a olimpíada que eu mais entregaria, a minha dedicação foi total, porque realmente era uma troca. Eu querendo fazer isso por elas e elas querendo fazer tudo aquilo por mim. [sic.]”.

A jogadora concluiu: “Eu vejo o vôlei hoje como o primeiro esporte, falo que primeiro eu tiro futebol, e bota pra categoria bem acima, mas é o primeiro esporte, onde todo mundo hoje em dia fala de voleibol. E você vai no ginásio sempre tá cheio as pessoas ainda conseguem manter a tradição de família né, que é uma coisa legal se consegue levar seu filho seu avô, sabe? Todo mundo consegue as torcidas, consegue ficar com a mesma camisa misturado e está tudo tranquilo […] a gente conseguiu um pouquinho de espaço, ainda, acho que pelo que a gente conquistou ainda falta muito. [sic.]”.

Marianne Steinbrecher – Mari – Ponteira e Oposta

“Na verdade, 2004 naquela olimpíada foi o título. Descarta agora tudo que eu fiz na olimpíada: 37 pontos, outros jogos foram muito bons e parece que a última bola apagou tudo, né? O brasileiro tem essa mania de criar maior culpado. [sic.]”.

“A gente foi pra ganhar, não tinha dúvida antes sabia que era o time que mais treinou, que mais ganhou, que mais teve jogos durante a preparação, a gente não poupou esforço e sacrifício nenhum pra ganhar!”.

A jogadora ainda conclui que: “As olimpíadas, além de tudo, têm uma coisa que papai do céu falar assim: ela está merecendo mais do que o outro, acho que é por isso que digo, a gente não ganhou em 2004, não é o time que cresceu durante o ciclo olímpico, chega lá e ganhar, não acho justo. [sic.]”.


Thaísa Daher – Central Bi-campeã Olímpica (Pequim 2008 e Londres 2012)

“Eu nem imaginava que eu ia, sempre achava que ia ser cortada, então pra mim foi incrível é o fato de estar aqui ainda está vindo, não significa nada, eu acho que eu voltar, eu treino lutando do mesmo jeito como a primeira que nunca que chegou! Eu acho que o intuito e o pensamento tem que ser sempre esse, de querer mais e querer fazer independentemente se eu sou bicampeão ou campeão, que ficou e que isso que vai mover a paixão e a vontade de melhorar, e acho que é isso que me move a vida inteira. [sic.]”.

Thaísa ainda comenta sobre a capitã do vôlei feminino – Fofão – “acho que a Fofão sempre foi exemplo para todos nós, até para os mais velhos também. Ela era um exemplo como atleta, como pessoa e a gente seguir os passos dela quando ela fazia, porque pra mim é a referência e que hoje não mais como atleta, mas como pessoa continua sendo, uma pessoa incrível, parceira, companheira, sempre tem uma palavra bacana pra te dizer. [sic.]”.

Ainda acerca de seu carinho sobre Fofão, Daher enfatiza que, a presença e o olhar da capitã em jogo e a habilidade de liderança nata da jogadora são fatores que fizeram com que Pinto se tornasse um exemplo para todas as atletas da equipe, dentro e fora das quadras. Adiante, a central destaca a bondade de espírito de sua capitã durante as olimpíadas de 2008.

O narrador Galvão Bueno, comemorou, emocionado, o nosso título pelo campeonato olímpico do vôlei feminino do Brasil: É ouro, é ouro!!!

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Confira também o nosso artigo sobre as características e diferenças entre o vôlei de quadra e o vôlei de praia! E nos siga em nossas redes sociais!

O Brasil chegou muito perto de conquistar uma medalha olímpica em 2004 no México, com a nossa seleção de vôlei feminino representada por Fernanda Venturini, Mari e Walewska. Porém, não conseguiu passar pela Rússia que foi para final, e Cuba ficou com o bronze ao vencer a nossa seleção.

A tristeza causada pela derrota de 2004, que fez com que o Brasil sequer subisse ao pódio, foi recompensada em 2008, com a conquista do ouro olímpico pela Seleção de vôlei feminino.

Para relembrar essa tão significativa conquista, trouxemos a transcrição do depoimento de 10 anos após a conquista do ouro de 2008 de grandes ícones para o vôlei feminino.

José Roberto Guimarães  – Técnico da seleção de vôlei feminino de 2008   

“Acho que nada teria acontecido em 2008 não tivesse acontecido em 2004. Isso foi o que durante quatro anos é uma velada na nossa cabeça o que mais incomodava todo esse grupo. Mas, ao mesmo tempo, foi o maior incentivo que nós tivemos, porque com essa descrença, com essa desconfiança é que a gente cada vez se tornava mais forte!”

“O que a gente queria mostrar que nós éramos um time de caráter, um time que tinha personalidade e um time que poderia conquistar uma grande competição. Naquele ano de 2008 foi o ano que tudo se encaixou um time estava vivendo o seu melhor momento físico, melhor momento como equipe, melhor astral, melhor entrosamento dentro da quadra. Então, é o momento onde tudo era pra dar certo, parece que pensamos naquele momento: É AGORA!!!

Zé Roberto ainda comenta sobre a capitã Fofão “Foi tudo! Foi sábia, foi ponderada, foi tranquila, ela foi cogitada, mas naquele momento ela estava em estado de graça e conseguiu liderar com muita sabedoria aquele grupo em 2008”.

“Lógico que eu gostaria de ter ganho mais, de ter podido dar de presente mais pro meu país, mais títulos! Mas eu acho que a minha responsabilidade é grande e como quando eu represento a minha família, o meu povo, a minha bandeira, e levo isso de uma forma muito intensa, e isso é que me leva a continuar, isso que me leva a ‘brigar’, a tentar me superar!

Adiante, Zé Roberto afirma e deixa como legado: “E não me dá por vencido, nunca é perder ou ganhar, faz parte do jogo. Mas o fato de representar o meu país é a coisa mais importante que eu tenho na vida, é bom, eu tenho que levar isso da melhor forma, representando 200 milhões de pessoas… tem coisa mais importante do que isso?”

Fofão – Capitã e levantadora da seleção de vôlei feminino de 2008

Em resumo, Hélia Rogério de Souza Pinto – a Fofão – a levantadora, emocionada, relatou que a seleção carregou um peso! Então, sempre que estavam em um campeonato, havia uma grande cobrança, tanto pela vitória, quanto pela superação do ocorrido nas olimpíadas de 2004.

A líder de equipe nos traz uma mensagem muito importante quando afirmou, em resumo, que devemos sempre aprender com as derrotas, e que, certamente, 2004 foi uma das vitórias mais sofridas pela equipe. Porém, para os presentes no meio, aquilo serviu de grande aprendizado, inclusive, para as jogadoras, foi o que fez com que elas fossem para 2008 com uma mentalidade completamente diferente.  

 “Isso foi muito difícil, mas ao mesmo tempo a gente sabia que, se a gente conseguisse vencer uma coisa importante, no nosso caso seriam as olimpíadas, onde conseguiria apagar essa história [sic.]”.

“O grupo sentia confiança, mas, ao mesmo tempo, bate aquela insegurança, porque as pessoas ainda não acreditavam na gente, e quando a gente chegou na olimpíada, eu acho que uma das coisas que foi um ponto forte desse grupo, foi que a gente ficava o tempo todo junto […] com qualidade de jogo só que você sempre tem aquele receio na hora que a gente vai conseguir manter o mesmo ritmo [sic.]”.

“Aí que passou o primeiro jogo acho que depois que a gente conseguiu ver que a gente estava naquele mesmo nível acho que foi uma tranquilidade. A gente se dedicou muito, eu acho que o vôlei feminino é muito batalhador! [sic.]”.

“Foi uma responsabilidade muito grande saber da minha importância para aquele grupo, e saber que tudo que elas faziam […] era uma mistura: é de responsabilidade com a alegria de saber que as pessoas estão se esforçando pra te dar uma coisa boa pra fazer, uma coisa pra uma outra jogadora. Então eu falei que seria a olimpíada que eu mais entregaria, a minha dedicação foi total, porque realmente era uma troca. Eu querendo fazer isso por elas e elas querendo fazer tudo aquilo por mim. [sic.]”.

A jogadora concluiu: “Eu vejo o vôlei hoje como o primeiro esporte, falo que primeiro eu tiro futebol, e bota pra categoria bem acima, mas é o primeiro esporte, onde todo mundo hoje em dia fala de voleibol. E você vai no ginásio sempre tá cheio as pessoas ainda conseguem manter a tradição de família né, que é uma coisa legal se consegue levar seu filho seu avô, sabe? Todo mundo consegue as torcidas, consegue ficar com a mesma camisa misturado e está tudo tranquilo […] a gente conseguiu um pouquinho de espaço, ainda, acho que pelo que a gente conquistou ainda falta muito. [sic.]”.

Marianne Steinbrecher – Mari – Ponteira e Oposta

“Na verdade, 2004 naquela olimpíada foi o título. Descarta agora tudo que eu fiz na olimpíada: 37 pontos, outros jogos foram muito bons e parece que a última bola apagou tudo, né? O brasileiro tem essa mania de criar maior culpado. [sic.]”.

“A gente foi pra ganhar, não tinha dúvida antes sabia que era o time que mais treinou, que mais ganhou, que mais teve jogos durante a preparação, a gente não poupou esforço e sacrifício nenhum pra ganhar!”.

A jogadora ainda conclui que: “As olimpíadas, além de tudo, têm uma coisa que papai do céu falar assim: ela está merecendo mais do que o outro, acho que é por isso que digo, a gente não ganhou em 2004, não é o time que cresceu durante o ciclo olímpico, chega lá e ganhar, não acho justo. [sic.]”.


Thaísa Daher – Central Bi-campeã Olímpica (Pequim 2008 e Londres 2012)

“Eu nem imaginava que eu ia, sempre achava que ia ser cortada, então pra mim foi incrível é o fato de estar aqui ainda está vindo, não significa nada, eu acho que eu voltar, eu treino lutando do mesmo jeito como a primeira que nunca que chegou! Eu acho que o intuito e o pensamento tem que ser sempre esse, de querer mais e querer fazer independentemente se eu sou bicampeão ou campeão, que ficou e que isso que vai mover a paixão e a vontade de melhorar, e acho que é isso que me move a vida inteira. [sic.]”.

Thaísa ainda comenta sobre a capitã do vôlei feminino – Fofão – “acho que a Fofão sempre foi exemplo para todos nós, até para os mais velhos também. Ela era um exemplo como atleta, como pessoa e a gente seguir os passos dela quando ela fazia, porque pra mim é a referência e que hoje não mais como atleta, mas como pessoa continua sendo, uma pessoa incrível, parceira, companheira, sempre tem uma palavra bacana pra te dizer. [sic.]”.

Ainda acerca de seu carinho sobre Fofão, Daher enfatiza que, a presença e o olhar da capitã em jogo e a habilidade de liderança nata da jogadora são fatores que fizeram com que Pinto se tornasse um exemplo para todas as atletas da equipe, dentro e fora das quadras. Adiante, a central destaca a bondade de espírito de sua capitã durante as olimpíadas de 2008.

O narrador Galvão Bueno, comemorou, emocionado, o nosso título pelo campeonato olímpico do vôlei feminino do Brasil: É ouro, é ouro!!!

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